domingo, 2 de outubro de 2011

Caindo na Night!!!

Quinto dia de Rock in Rio (30/09/2011)


Um dia memorável, apesar de ser firme que o Rock in Rio ter tido pouco de rock de verdade, mais valeu a pena, foram excelentes os artistas que subiram ao palco essa noite.


Com uma pontualidade britânica Marcelo D2 sobe ao palco Mundo as & em ponto. Jogando em casa', o rapper disparou uma série de hits consagrados ao longo de toda a sua carreira como A procura da batida perfeita,1967 e Qual é? Que fechou a apresentação com direito a um coro animado da galera. D2 ainda contou a presença de seu filho Stephan e dos amigos Helinho (vocal da banda Ponto de Equilíbrio  e Fernandinho Beat Box. Este roubou a cena ao fazer uso da arte que lhe dá o sobrenome e executou trechos de clássicos do rock como Another one Bites The Dust (Queen), Smoke On The Water (Deep Purple) e Sunday Bloody Sundau (U2). Ao longo da apresentação, imagens de pontos turísticos da cidade do Rio de Janeiro foram exibidas no telão, que também mostrava o nome de cada música que era tocada. D2 teve seu pedido atendido pelo o público, que fez 'muito barulho', como sempre costuma ser em shows do artista.


Na sequencia foi a vez dos mineiros do Jota Quest assumir o Palco Mundo. O quinteto fez uma energética apresentação que revistou muito bem os seus 15 anos de carreira. A canção È preciso, foi a escolhida para começar o show e logo na segunda música, Na Moral, a plateia já estava entregue, cantando junto e jogando as mãos para o alto. A cada hit que a banda tocava, a galera mostrava uma reação de causar inveja e preocupação em muitas das atrações internacionais que participaram da quarta edição do Rock in Rio. Na música Só Hoje, Rogério Flausino abandonou o microfone e deixou que o público cantasse os versos da letra da canção em seu lugar. Perto do final do show, o Jota tocou De  Volta ao Planeta dos Macacos, que contou com imagens de políticos brasileiros ilustrando o telão ao fundo do palco, entre eles os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso e Lula. Antes de sai do palco, Rogério pulou a grade que separa o público do palco e foi saudar alguns dos 100 mil presentes. Fecharam o show com Do se lado e de alma lavada, os rapazes de Belo Horizonte saíram do festival de cabeça erguida.


Por volta das 21h55, subiu ao Palco a cantora Ivete Sangalo, que com seu tradicional carisma transformou a Cidade do Rock e um verdadeiro trio elétrico. Apesar de já ter se apresentado nas versões europeias do Rock in Rio, esta foi a primeira vez que Sangalo cantou em uma edição brasileira do festival. Ivete conversou, dançou, cantou e como nunca conduziu bem a plateia. Para animar a festa, a musa do axé desfilou seus hits consagrados como Acelera Aê, Cadê Dalila? e Sorte Grande (poeira) . Para agradar os 'roqueiros de plantão' a baiana interpretou a música More Than Words, balada clássica da banda de hard rock Extreme. A música black da banda The Commodores também foi homenageada através da canção Easy. Com sua apresentação, Ivete mostrou ser possível a existência de axé music em festival de rock sem necessariamente ter vaias.


O show do roqueiro norte-americano Lenny Kravitz deixou bem claro que ele foi escalado para tocar em um dia errado do Rock in Rio. Apesar de contar com uma banda competente e ter no bolso uma coleção de hits, Kravitz fez uma apresentação que não contou com total troca de energia com a plateia. Canções clássicas como American Womam, Where Are We Running e It Ain't Over Till It's Over naturalmente foram bem recebidas pelo público. Porém, não causaram impacto suficiente para fazer a festa que é um show de rock. A situação deu sinal de melhoras apenas quando o espetáculo já caminhava para o final, pois, foram tocadas as matadoras Fly Away e Are You Gonna go My Way. Ao voltar para o bis, Lenny decidiu toca uma longa versão de Let Love Rule. Na tentativa de cativar os presentes, como não poderia ser diferente, o artista desceu do palco e foi interagir com a galera. Ele abraçou fãs, pegou a bandeira brasileira e fez todos os truques que um artista internacional costuma usar para ganhar o público. Teria funcionado perfeitamente se ele tivesse tocado em outra noite do evento.


A colombiana Shakira fechou a noite apostando no lado mais latino de sua carreira. A musa cantou músicas como Estoy Aqui, Si Te Vas e Las de La Intuición todas recebidas com o natural entusiamo dos fãs. Porém, ela não deixou de fora do repertório canções como Hips Don't Lie e Wherever, Wherever, que contou com bailarinas brasileiras selecionadas em meio ao público e rapidamente coreografadas por Shakira. Esbanjando simpatia, a estrela falou em português com a plateia e fez questão de mostrar no palco toda a sua habilidade em conduzir um espetáculo. Com direito a dança do ventre, forma física invejável e troca de roupas, a colombiana revelou sua madura e eficiente presença de palco. Um dos momentos mais notáveis foi a execução de Nothing else Matters do Metallica Com uma roupagem flamenca, a música assumiu um tom ainda mais dramático e foi cantada em coro pelos espectadores. Outro momento memorável aconteceu no bis. Shakira contou com a participação de Ivete Sangalo e juntas cantaram Paiís TRopical de Jorge Ben Jor. Fechando a noite com chave de ouro. * Tenho que adimitir que essa apresentação foi sensacional, claro que gostaria que não fosse no Rock in Rio, mais o que animou a plateia foi assistir no palco duas divas latinas).